Eternamente à procura de controle e de fazer coisas importantes acontecerem. Procura PODER! É também chamado de ESTRATEGISTA ou LÍDER. Prima por controle. É estadista.
É considerado o mais CONFRONTADOR do Eneagrama!
São mestras do autodomínio – usam sua força para melhorar a vida dos outros mostrando-se heroicas, magnânimas e, às vezes, deixando sua marca na História.
O estado essencial mental (mental superior) do tipo 8 é chamado de VERDADE DIVINA, é uma compreensão profunda de que o universo é formado de muitas dimensões, que vão desde a dimensão material, física até dimensões muito mais sutis, como o espírito deve ser, de que a única verdade é que a nossa real natureza é a nossa alma e que nós somos o ser, de que o mundo físico é a superfície de um mundo mais etéreo.
Como percepção do mental inferior (fixação) da personalidade do 8 é que ele enxerga a realidade como uma existência concreta, palpável e material. É como se a nossa realidade final fosse a física ou, pelo menos, que, em última instância, fosse ela que prevalecesse. Com isso o 8 adquire uma IDEIA FIXA chamada VINGANÇA, baseada em uma crença de que a justiça é, na verdade, algo do tipo “olho por olho, dente por dente”, de que o mundo maltrata os mais fracos e também o maltratou. Assim o Tipo 8 desenvolve a força como proteção e passa a acreditar piamente na ideia de que “aqui se faz, aqui se paga”, agindo para que isso aconteça ou simplesmente esperando o dia para poder assistir de camarote se fazer a “justiça divina”.
Sua virtude emocional é chamada de INOCÊNCIA. É um estado de compreensão de que a natureza do ser humano é bem-intencionada e, dessa forma, não há necessidade de nenhuma proteção, nenhuma barreira para se relacionar. É também um estado em que se pode reagir ao mundo sem nenhum preconceito, sem nenhum pressuposto ou memória de traição anterior, total e completamente confiante na bondade e inocência do outro. Isso parece loucura para a personalidade do 8, que ao perder esta condição passa a acreditar que o mundo é fundamentalmente injusto e que as pessoas podem trai-lo ou ataca-lo a qualquer momento. Para evitar isso, ele se reveste de uma armadura, endurecendo seu corpo e suas emoções de fragilidade, de medo e de vulnerabilidade, tornando-se forte, imponente, assertivo e impactante, dando origem a uma energia de excesso, de luxúria. Para o tipo 8 esta parece a única maneira de viver no mundo em que mais se parece uma selva.
A paixão emocional da LUXÚRIA é uma necessidade do 8 de exagerar em seu envolvimento e seu impacto, de exagerar em seu uso e demonstração de energia. Não basta experimentar o bolo, é necessário dar uma mordida enorme e se lambuzar. Essa paixão leva o Tipo 8 a perder a inocência de compreender que cada pessoa tem a sua própria verdade. A verdade do Tipo 8 parece ser mais verdadeira do que a dos outros, e assim ele vai usar a força luxuriosa para impô-la, se for preciso.
Geralmente esta criança viveu em um ambiente de dureza, de opressão, onde a força era incentivada e as fraquezas reprimidas. Muito cedo esta criança aprendeu que tinha que ser forte. Desenvolveu uma onipotência sem limites. Para esta criança, ser fraco e vulnerável é sentir que pode ser enganada, injustiçada, insignificante. Cresceu ouvindo coisas do tipo: seja forte! Homem não chora. Se apanhar na rua, quando chegar em casa vai apanhar de novo. Você já sabe se vira sozinho. Você é capaz. O mundo só é duro para quem é mole.
E assim, a criança vai crescendo e afirmando-se na forma para impor o respeito. É aqui que a criança desenvolve desde cedo o Mecanismo de Defesa da NEGAÇÃO. Negar no sentido de não enxergar, de não perceber tudo o que seja sinal de fraqueza. Não percebe nem sinais de cansaço ou não admite estar doente, ou ainda não aceita que errou ou que não sabe ou que não é capaz. É uma estratégia para não confrontar com a sua fraqueza.
NEGAÇÃO. Este mecanismo permite ao tipo 8 conservar a ideia de que é forte e de que a sua verdade é que é a verdadeira. Ele nega a existência de suas fraquezas, nega a existência do impacto que ele causa nos outros, nega que procura impor a verdade e nega que nega muitas coisas. Essa negação é muitas vezes totalmente inconsciente e parece na forma de justificativas do motivo pelo qual age ou pensa de determinada maneira – justificativas que para ele parecem ser bem lógicas.