O transtorno de ansiedade é a mente que anda mais rápido que a vida e pode ser considerada como uma das principais patologias da sociedade moderna.

Não é de hoje que existe, mas a rotina corrida e os diversos compromissos diários somados ao stress, pressões profissionais, fobias e privações socais constantes potencializam o desenvolvimento desse tipo de desordem mental.

Vivemos numa sociedade que atribui notas para o desempenho escolar, profissional e desportivo a toda hora.  Grande parte da comunidade escolar usa essa estratégia como base da sua filosofia e da sua prática. Essa abordagem tem efeitos colaterais, como fracassar em não atingir a nota mínima e fracassar em não atingir nota máxima.

Também não é incomum que a preocupação com a imagem perfeita seja uma obsessão.  Não é à toa que nas redes sociais o grande valor é a imagem, o que pode levar a uma exaustiva seleção das fotos que representam o melhor que querem apresentar.

O problema não são esses fatos em si, mas a maneira como os interpretamos.

A ansiedade patológica, ou crónica, na maioria dos casos, manifesta-se quase todos os dias da semana durante, aproximadamente, seis meses, interferindo negativamente em quase todos os aspectos da vida, sejam eles profissionais, pessoais, amorosos, familiares e na própria saúde do indivíduo.

Quando não se trata de uma causa biológica provocada por uma anomalia química do cérebro ou problemas hormonais, a ansiedade pode ser desencadeada por diversos fatores, como grande exposição ao stress do dia a dia, problemas financeiros, vulnerabilidade social, abuso de substâncias como cafeína, álcool e nicotina, traumas de infância ou transtornos de personalidade.